domingo, 26 de outubro de 2008

Psicólogos me inibem

Nada contra. Aliás, um já me ajudou a sair de algumas situações não tão agradáveis. É, admiro a profissão. Mas confesso que eles me inibem. Conhecê-los me inibe. A primeira consulta, então, é totalmente inibidora. Mas, o mais inibidor de tudo é, sem sombra de dúvidas, o olhar excessivo pra o relógio. É algo totalmente inibidor! Angunstiante! Como você pode contar seus problemas, suas dificuldades, para alguém que fica o tempo quase todo olhando para o relógio? Se fosse alguma regra de livros de linguagem corporal, seria batata: a pessoa está achando seu papo insuportável e quer ir embora. Mas em se tratando de psicólogos, quem tem que ir embora é você, então, sabe-se que é para não passar da hora... meros 40 minutos que não dão tempo de quase nada... e o papo é encerrado no meio! E você diz um tchau, até a próxima semana, com a maior cara de bunda. Uó!


Saindo da sala de um deles, após a incômoda olhadinha para o relógio, divaguei: não seria melhor que fosse inventado algo tipo um despertador, porém sem som, que avisasse a hora que a consulta está acabando? Algum dispositivo acoplado à cadeira do paciente e do psicólogo que tremesse quando faltassem 10 minutos e depois tremesse exatamente na hora que acabasse a consulta? Daí, sim, quando o Dr., sem olhar para o relógio, sentisse a tremidinha dos 10 minutos, poderia começar a encaminhar o papo para o final sem ser algo tão inibidor, chocante, angustiante. Acho que os pacientes ficariam menos traumatizados. Pelo menos eu ficaria...

Definitivamente, psicólogos me inibem!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ser humano...

As vezes me pego pensando no significado de ser humano... e as vezes me pego muito envergonhada. Estou longe de ser uma criatura perfeita. Sei dos meus defeitos, do que preciso melhorar e do quão sou cruel e errada em determinadas ocasiões. Mas, ainda assim, me envergonho de ser humana. Quem me conhece bem sabe que não como mais carne. Ridicularizem se quiser, mas é por pena e compaixão aos animais. E ainda assim, não fiz o que acho completamente certo: parar de comer qualquer coisa que venha através de seu sofrimento, como leite, ovos, etc.

De acordo com o documentário "terráqueos", essa é uma boa definição para todos que habitamos este planeta, afinal, compartilhamos dele de forma igual (ou pelo menos deveria ser). Ser terráqueo é ser um habitante da terra. E ponto. Isso deveria bastar. Mas não, nos dividimos em humanos, animais, depois em racistas, em sexistas, e muitos outros "istas" que podem haver. Estamos sempre nos excluindo de alguma forma, nos colocando com uma notável margem de segurança que nos faça sentir de alguma forma melhor que o outro. Você pode achar que não, mas avalie seus conceitos e se achará inserido em algum "ista" desses. Em ultimo caso, "***especista".

comparação: para os animais, somos nazistas

Não, não passei a pensar assim depois de adulta, que vi vídeos e fotos a respeito, na internet, como alguns pensarão. Eu já tenho essa consciência(a de que não somos melhores que o outro, seja esse outro animal ou gente), ainda que parcial na época, desde muito nova. Antes de conhecer internet. Antes de documentários explícitos sobre a violência humana. E isso me deixa mais tranquila para escrever sobre o assunto, sabendo que ele não vem de outra influência maior que não a de meus sentimentos. É bem verdade que hoje, tendo acesso a muitos desses meios de informação, reforcei a idéia em mim. Mas é que não tinha consciência de até onde chega a capacidade humana.

Passei a enteder que se não tenho coragem de matar um animal com as minhas próprias mãos, limpá-lo e prepará-lo para comer, é porque não posso me dar ao luxo de comer sua carne, pois serei covarde (e ainda sou covarde, pois não parei de comer peixe, mesmo não conseguindo ao menos vê-lo preso em um anzol). Passei a entender que não posso comprar um animal em uma loja ou de qualquer pessoa que venda lindos animais com pedigree, pois enquanto eu desfilo com meu pequeno trajando (ele, não eu) um belo vestidinho, roupinha de segurança, coleira de brilhante, porte atlético de vigilante, muitos outros estão sendo produzidos em série, em condições humilhantes, apenas para comércio. E muitos outros sendo abandonados depois que o dono enjoa ou percebe que não tem condição de mantê-lo. Só depois.


Se você não tem capacidade de caçar, matar e preparar um animal para comer, repense seus atos e vontades. Eles podem não ter a mesma consciência que nós a respeito de grande parte das cosias, porém, partilhamos TODOS, sem excessão, homens e animais, de uma mesma consciência: a de estar vivo, de querer água e comida, companhia e abrigo, necessidade de sobrevivência. Isso é inerente a todos nós.

Se ainda não consegue parar de comer carne, ou de usar produtos que venham do sofrimento animal ou de humanos (como os da China), coisa que eu entendo que hoje em dia é muito difícil, mesmo querendo, comece então pelos pequenos atos, como não se fartar de carne sem ter mais fome, apenas por gula ou diversão. Ou comprar animais, bem como conscientizar algum amigo que queira comprar. De pensar, antes mesmo até de adotar, se você está querendo cuidar ou se exibir. Se daqui há algum tempo terá que mudar de casa para apartamento e abandoná-lo. Se já possui, lembre-se de castrá-lo. Principalmente gatos que vivem soltos por aí fazendo filhotes que provavelmente você não conhecerá, que viverão na rua. Ou no dia que você abandonar o seu, pelo menos ele não se reproduzirá, gerando outros abandonados. Lembre-se que os centros de zoonozes geralmente os matam depois de alguns dias, comumente em câmaras de gás, onde o custo, para o centro, é menor... e o animal sofre durante vários minutos.


Enfim, lembre-se de que você não é tão superior assim. Lembre-se que poderia usar sua inteligência de outra forma. Nós evoluímos? Claro! É umprocesso natural, que não escolhemos, apenas vai acontecendo. Mas hoje já estamos no processo de involução e, isso, sim, foi opção nossa. Da nossa ganância. As coisas que poderíamso fazer de formas alternativas são escondidas de nós ou colocadas como impróváveis apenas para alimentar o consumo desenfreado... mas isso já é outra história.

Seja mais terráqueo do que humano. As espécies agradecem.



Ps.: Pensei em colocar várias fotos de atrocidades cometidas contra animais. Mas acredito que a consciência deve partir de dentro pra fora. Cada um que a tome na hora certa.



***especista é uma forma de classificação, onde você acredita que sua espécie é diferente das outras, podendo agir com poder sobre ela, no caso, o que fazemos com a espécie animal.

Neste link, imagens de animais em gestação. Não somos tão diferentes assim... http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/images/1746_placenta/4171629_2.jpg&imgrefurl=http://planetaterra.wordpress.com/category/animais/&h=400&w=600&sz=50&hl=pt-BR&start=16&um=1&usg=__mqK_O31ybIV2VGGT7WL8Wsb70YE=&tbnid=UimrCX17Mti3gM:&tbnh=90&tbnw=135&prev=/images%3Fq%3Danimais%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DN


Neste, os direitos dos animais (válidos): http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://diznao2.blogs.sapo.pt/arquivo/animais.JPG&imgrefurl=http://diznao2.blogs.sapo.pt/9537.html%3Fmode%3Dreply&h=282&w=363&sz=23&hl=pt-BR&start=29&um=1&usg=__MDxTu8PX81GI9P6kd5bk8GFZYWg=&tbnid=gpqTaIpkcLbqIM:&tbnh=94&tbnw=121&prev=/images%3Fq%3Danimais%26start%3D20%26ndsp%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DN