domingo, 26 de outubro de 2008

Psicólogos me inibem

Nada contra. Aliás, um já me ajudou a sair de algumas situações não tão agradáveis. É, admiro a profissão. Mas confesso que eles me inibem. Conhecê-los me inibe. A primeira consulta, então, é totalmente inibidora. Mas, o mais inibidor de tudo é, sem sombra de dúvidas, o olhar excessivo pra o relógio. É algo totalmente inibidor! Angunstiante! Como você pode contar seus problemas, suas dificuldades, para alguém que fica o tempo quase todo olhando para o relógio? Se fosse alguma regra de livros de linguagem corporal, seria batata: a pessoa está achando seu papo insuportável e quer ir embora. Mas em se tratando de psicólogos, quem tem que ir embora é você, então, sabe-se que é para não passar da hora... meros 40 minutos que não dão tempo de quase nada... e o papo é encerrado no meio! E você diz um tchau, até a próxima semana, com a maior cara de bunda. Uó!


Saindo da sala de um deles, após a incômoda olhadinha para o relógio, divaguei: não seria melhor que fosse inventado algo tipo um despertador, porém sem som, que avisasse a hora que a consulta está acabando? Algum dispositivo acoplado à cadeira do paciente e do psicólogo que tremesse quando faltassem 10 minutos e depois tremesse exatamente na hora que acabasse a consulta? Daí, sim, quando o Dr., sem olhar para o relógio, sentisse a tremidinha dos 10 minutos, poderia começar a encaminhar o papo para o final sem ser algo tão inibidor, chocante, angustiante. Acho que os pacientes ficariam menos traumatizados. Pelo menos eu ficaria...

Definitivamente, psicólogos me inibem!

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

Ser humano...

As vezes me pego pensando no significado de ser humano... e as vezes me pego muito envergonhada. Estou longe de ser uma criatura perfeita. Sei dos meus defeitos, do que preciso melhorar e do quão sou cruel e errada em determinadas ocasiões. Mas, ainda assim, me envergonho de ser humana. Quem me conhece bem sabe que não como mais carne. Ridicularizem se quiser, mas é por pena e compaixão aos animais. E ainda assim, não fiz o que acho completamente certo: parar de comer qualquer coisa que venha através de seu sofrimento, como leite, ovos, etc.

De acordo com o documentário "terráqueos", essa é uma boa definição para todos que habitamos este planeta, afinal, compartilhamos dele de forma igual (ou pelo menos deveria ser). Ser terráqueo é ser um habitante da terra. E ponto. Isso deveria bastar. Mas não, nos dividimos em humanos, animais, depois em racistas, em sexistas, e muitos outros "istas" que podem haver. Estamos sempre nos excluindo de alguma forma, nos colocando com uma notável margem de segurança que nos faça sentir de alguma forma melhor que o outro. Você pode achar que não, mas avalie seus conceitos e se achará inserido em algum "ista" desses. Em ultimo caso, "***especista".

comparação: para os animais, somos nazistas

Não, não passei a pensar assim depois de adulta, que vi vídeos e fotos a respeito, na internet, como alguns pensarão. Eu já tenho essa consciência(a de que não somos melhores que o outro, seja esse outro animal ou gente), ainda que parcial na época, desde muito nova. Antes de conhecer internet. Antes de documentários explícitos sobre a violência humana. E isso me deixa mais tranquila para escrever sobre o assunto, sabendo que ele não vem de outra influência maior que não a de meus sentimentos. É bem verdade que hoje, tendo acesso a muitos desses meios de informação, reforcei a idéia em mim. Mas é que não tinha consciência de até onde chega a capacidade humana.

Passei a enteder que se não tenho coragem de matar um animal com as minhas próprias mãos, limpá-lo e prepará-lo para comer, é porque não posso me dar ao luxo de comer sua carne, pois serei covarde (e ainda sou covarde, pois não parei de comer peixe, mesmo não conseguindo ao menos vê-lo preso em um anzol). Passei a entender que não posso comprar um animal em uma loja ou de qualquer pessoa que venda lindos animais com pedigree, pois enquanto eu desfilo com meu pequeno trajando (ele, não eu) um belo vestidinho, roupinha de segurança, coleira de brilhante, porte atlético de vigilante, muitos outros estão sendo produzidos em série, em condições humilhantes, apenas para comércio. E muitos outros sendo abandonados depois que o dono enjoa ou percebe que não tem condição de mantê-lo. Só depois.


Se você não tem capacidade de caçar, matar e preparar um animal para comer, repense seus atos e vontades. Eles podem não ter a mesma consciência que nós a respeito de grande parte das cosias, porém, partilhamos TODOS, sem excessão, homens e animais, de uma mesma consciência: a de estar vivo, de querer água e comida, companhia e abrigo, necessidade de sobrevivência. Isso é inerente a todos nós.

Se ainda não consegue parar de comer carne, ou de usar produtos que venham do sofrimento animal ou de humanos (como os da China), coisa que eu entendo que hoje em dia é muito difícil, mesmo querendo, comece então pelos pequenos atos, como não se fartar de carne sem ter mais fome, apenas por gula ou diversão. Ou comprar animais, bem como conscientizar algum amigo que queira comprar. De pensar, antes mesmo até de adotar, se você está querendo cuidar ou se exibir. Se daqui há algum tempo terá que mudar de casa para apartamento e abandoná-lo. Se já possui, lembre-se de castrá-lo. Principalmente gatos que vivem soltos por aí fazendo filhotes que provavelmente você não conhecerá, que viverão na rua. Ou no dia que você abandonar o seu, pelo menos ele não se reproduzirá, gerando outros abandonados. Lembre-se que os centros de zoonozes geralmente os matam depois de alguns dias, comumente em câmaras de gás, onde o custo, para o centro, é menor... e o animal sofre durante vários minutos.


Enfim, lembre-se de que você não é tão superior assim. Lembre-se que poderia usar sua inteligência de outra forma. Nós evoluímos? Claro! É umprocesso natural, que não escolhemos, apenas vai acontecendo. Mas hoje já estamos no processo de involução e, isso, sim, foi opção nossa. Da nossa ganância. As coisas que poderíamso fazer de formas alternativas são escondidas de nós ou colocadas como impróváveis apenas para alimentar o consumo desenfreado... mas isso já é outra história.

Seja mais terráqueo do que humano. As espécies agradecem.



Ps.: Pensei em colocar várias fotos de atrocidades cometidas contra animais. Mas acredito que a consciência deve partir de dentro pra fora. Cada um que a tome na hora certa.



***especista é uma forma de classificação, onde você acredita que sua espécie é diferente das outras, podendo agir com poder sobre ela, no caso, o que fazemos com a espécie animal.

Neste link, imagens de animais em gestação. Não somos tão diferentes assim... http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://www.bbc.co.uk/portuguese/especial/images/1746_placenta/4171629_2.jpg&imgrefurl=http://planetaterra.wordpress.com/category/animais/&h=400&w=600&sz=50&hl=pt-BR&start=16&um=1&usg=__mqK_O31ybIV2VGGT7WL8Wsb70YE=&tbnid=UimrCX17Mti3gM:&tbnh=90&tbnw=135&prev=/images%3Fq%3Danimais%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DN


Neste, os direitos dos animais (válidos): http://images.google.com.br/imgres?imgurl=http://diznao2.blogs.sapo.pt/arquivo/animais.JPG&imgrefurl=http://diznao2.blogs.sapo.pt/9537.html%3Fmode%3Dreply&h=282&w=363&sz=23&hl=pt-BR&start=29&um=1&usg=__MDxTu8PX81GI9P6kd5bk8GFZYWg=&tbnid=gpqTaIpkcLbqIM:&tbnh=94&tbnw=121&prev=/images%3Fq%3Danimais%26start%3D20%26ndsp%3D20%26um%3D1%26hl%3Dpt-BR%26client%3Dfirefox-a%26rls%3Dorg.mozilla:pt-BR:official%26sa%3DN



sábado, 20 de setembro de 2008

O mundo é cliché

Tirando as teias de aranha... só um minuto... ... ... pronto! Acho que tirei todas, isso aqui tava criando mofo, já.

Quanto ao título, foi à conclusão que cheguei. O mundo é cliché. Talvez por isso eu tenha passado um tempo sem escrever. O mundo anda tão ligado, que falar de coisas que sentimos vontade passa a ser cliché. Quando você menos espera, alguém já se manifestou sobre o assunto. Alguém, não, o mundo inteiro, por isso é cliché.

Sei que você pode inovar, pode escrever de uma forma diferente sobre um assunto, torná-lo menos clichéé Mas os ultimos que me vieram à cabeça, soaram muito clichê. Até a palavra cliché é cliché. Todo mundo fala que algo é cliché. Até tentar não ser cliché, parece cliché. Acho que eu sou meio cliché. Diante deste fato, acho que vou escrever um pouco mais sobre meus ídolos bregas, já que não consigo falar muito sério. Não o tempo todo. Depois do ultimo post tô precisando escrever sobre coisas boas...

*Repita muito a palavra cliché. É até meio interessante. Parece que ela deixa de ser cliché e vira algo diferente... repita comigo: cliché, cliché, cliché... pode ser lendo o texto também.

É isso. Adi, Já que você vem sempre aqui a ponto de perceber que faz tempo que não escrevo (para isso servem as melhores amigas...), pelo menos deixa um sinal de fumaça pra eu ficar iludida.

Ps.: não tô a fim de explicar o que é cliché. Procura no dicionário. Não me leve a mal. Vou almoçar. Vim escrever aqui, bem rápido, apenas para não desativarem minha conta.

Xero!

quinta-feira, 21 de agosto de 2008

Analisem uma situação comigo...

AVISO QUE O TEXTO É LONGO. MUITO LONGO. e que as configurações de fonte não estão me obedecendo hoje. O que está bem pequeno era pra ser assim mesmo. Mas o restante não me obedece, as fontes saíram em tamanhos variados.

... eu realmente preciso da opinião de vocês. De cara, nada demais... mas se alguém já passou por uma situação parecida, irá entender o motivo. Afinal, mesmo que alguns pensem ocontrário, quanto mais raiva temos de alguém ou de algo, precisamos falar. Pelo menos no meu caso... como diria uma colega "quando a boca cala..." (ok, piada interna. Esqueçam.)

Alguém aqui sabe o que é assédio moral? Já passou por ele? Sabe o que ele provoca?


Transcrevendo uma pequena parte de um site que trata do assunto, segue uma breve explicação para melhor acompanhamento do texto. Assédio moral no trabalho é:
(No site http://www.assediomoral.org/spip.php?article1 há explicações, caso alguém se interesse após ler o que vou relatar.)


"a exposição dos trabalhadores e trabalhadoras a situações humilhantes e constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício de suas funções, sendo mais comuns em relações hierárquicas autoritárias e assimétricas, em que predominam condutas negativas, relações desumanas e aéticas de longa duração, de um ou mais chefes dirigida a um ou mais subordinado(s), desestabilizando a relação da vítima com o ambiente de trabalho e a organização, forçando-o a desistir do emprego. Caracteriza-se pela degradação deliberada das condições de trabalho em que prevalecem atitudes e condutas negativas dos chefes em relação a seus subordinados, constituindo uma experiência subjetiva que acarreta prejuízos práticos e emocionais para o trabalhador e a organização."

Bom, imaginem a seguinte situação: você é convidado a trabalhar com alguém que, aparentemente, é uma pessoa comum, sem nada para enaltecer. Sem anda para denegirir. Comum. Suponhamos, assim, por acaso... um exemplo aleatório, que seja para uma pessoa de televisão. Ela te chama pra trabalhar, diz que no começo não vai poder pagar muito, pois ela é iniciante no ramo, não está tendo maiores lucros, mas que te achou uma pessoa responsável, gostou do seu perfil e quer fazer essa parceria. Você aceita, depois de uma conversa sobre os onorários, em que ela define um valor X para o primeiro mês, mas que a partir do segundo vai poder pagar X + um pouquinho. Você aceita, acreditando na boa fé da pessoa. Nada de contratos, nada de nada. Apenas um acordo de boca e de caráter.

Os trabalhos começam. Noprimeiro dia, na hora de colocar em prática pela primeira vez a condição "patrão-empregado", essa pessoa parece subir um pouco mais no salto. Mas, para não se considerar implicante, você ignora, afinal, essa pessoa deve estar ansiosa com a primeira vez. Com o passar do tempo, você vai percebendo que essa pessoa segurava-se para não soltar de cara sua verdadeira personalidade: essa pessoa muda com você. O autoritarismo começa a surgir. Os verbos no impreativo tomam o lugar dos "por favor" e "obrigada". Você percebe, mas acha que ainda não é hora de conversar. Talvez esta pessoa esteja num mal momento, afinal, você conhece um pouco, o mínimo, de algumas dificuldades pessoais dela, e tenta ser compreensivo. Acredita que ela esteja se adaptando à situação. Afinal, é muita coisa para colocar em ordem.

Ok. Mas, até nos bons momentos, essa pessoa começa a exteriorizar comportamentos contrários ao seu discusso inicial. Aliás, ela concordou com você quando, lá no começo, você explicou que era uma pessoa sincera, que costumava conversar sobre o que acontecia. Ela se disse igual. Que bom! Pessoas civilizadas. Mas, derrepente, nos dias de gravação (estamos supondo que esta pessoa seja uma iniciante em apresentação de programas), ela começa a te tratar de forma ligeiramente agressiva: aos verbos no impretativo ela adiciona atitudes arrogantes, demonstra a insatisfação com relação a você na frente dos outros(ainda que você faça de tudo para o trabalho sair como deve), faz comentários maldosos na frente de quem quer que seja. Sempre impondo. Você demonstra a insatisfação e responde à altura para ver se a pessoa se toca, antes de partir para uma "DR" de trabalho. Ela até percebe, às vezes. Muda um pouco por um tempo, mas volta ao "normal".

Neste meio de tempo, você dá sugestões, escreve e-mails com críticas realmente construtivas (se levarmos em consideração que críticas construtivas são aquelas em que você aponta algo que pode ser modificado, de maneira educada, e a FORMA como pode ser modificado. Fora isso, não sei o que é crítica construtiva.), esta pessoa lhe responde, dizendo que entende e concorda com algumas coisas, que colocará em prática e lhe agradece.

De repente, imagine que surge uma viagem. Uma equipe deste programa de tv deve viajar e cobrir determinado evento num outro Estado. Você vai com a equipe(é chamada de ultima hora, deixando todos os seus afazeres, pois a pessoa que tinah sido escalada de evrdade não poderia ir): você, a tal pessoa, mais dois profissionais da parte técnica e... o cônjuge da pessoa. Que não tem nada a ver com a empresa. Que não tem nehuma formação na área. Mas vai, pois segundo sabe-se, vai ajudar. Ok... a viagem é tensa: vocês saem a noite, com ameaça de chuva, em um carro pequeno (leia-se "bem pequeno"), com um reboque atrás puxando mais duas máquinas. As pessoas do carro não se preocupam em usar cinto de segurança. O único assento do carro que tem um cinto de segurança (fora os bancos da frente) é ocupado por um dos profissionais que não usa, admite não gostar, mas que também não quer ceder o lugar para que você possa usar o bendito cinto. Ok... você vai, rezando para tudo correr bem e sem entender o motivo de não terem lhe cedido o lugar, uma vez que o cinto não seria utilizado.

Durante a viagem, você faz o que é sua obrigação. Tudo certo. Em determinada altura do campeonato, deve-se parar para almoçar. Mas você e os demais funcionários não podem comer tudo, devem deixar a comida do jeito que está e seguir viagem, pois a tal pessoa e seu cônjuge já encheram a pança e estão com pressa. Você deixa seu prato quase pela metade. Um dos profissionais, imagine que ele seja uma pessoa mansa, tranquila, e que teve de aguentar chacotas, piadas e determinadas alfinetadas que você, particularmente, não acreditou que fossem brincadeiras saudáveis (como depois explicou a tal pessoa). Este senhor é deixado para traz, todos se levantam e vão para o carro, o deixando lá, sentado, engolindo a comida. Constrangido, você espera, mesmo já tendo abandonado sua refeição. E segue, imaginando como as pessoas são capazes de se comportar... mas ok, o lugar é lindo, o evento é legal. Você tenta esquecer e segue, mostrando interação e disposição.

Em certa altura desta jornada (o evento necessitava de locomoção, imagine como se fosse o acompanhamento de uma trilha de máquinas automotivas), a tal pessoa quer entrar em um tal lugar para filmar uma tal coisa. O senhor da portaria proíbe. A equipe volta, e na volta, numa cidade que você jamais pensou em ir na sua vida, a sua equipe vê o carro do pessoal que estava a organizar o evento(estes haviam saído na frente após o almoço) e pede para que você desça e pergunte para onde eles estão indo. Agora imagine que na hora que você desce, acontece o seguinte: O pessoal da organização do evento te vê por acaso, pois já estavam dando a volta no carro e indo embora, e te perguntam o que você faz ali, no meio de uma estrada, numa cidade desconhecida, SOZINHO. Você responde que não está sozinho, que está com sua EQUIPE e que foi até eles apenas para pegar uma informação a pedido da tal pessoa, seu chefe... O pessoal da organização pergunta "e cadê sua EQUIPE?". Você responde: "Al... i !!!! Ué?! Cadê eles?". Pois é... eles foram embora e te deixaram... a sua "equipe" te deixou. O pessoal da organização, com pressa, te puxa pra dentro do carro e diz "você não pode ficar aí! Vamos com a gente! É melhor ir do que esperar e não saber se eles voltam". E fica abismado como eles te largaram no meio da estrada... Você já não fica tão espantado, lembrando do histórico da tal pessoa. E segue...

Durante o caminho, você sente a diferença em andar com uma equipe de verdade, onde as pessoas parecem se preocupar umas com as outras, conversam sobre tudo de forma tranquila, leve. A pessoa, seu chefe, liga para a organizadora do evento a fim de perguntar algo sobre a chegada à cidade combinada. E, adivinhem: não pergunta NADA sobre você. Isso mesmo. Não têm certeza que você está com o pessoal da organização, mas ainda assim, não perguntam sobre você. Ótimo. Uma das pessoas responsáveis pela organização fica chocada... lhe informa, incrédula, que ninguém perguntou por você. Mas ok. Você não dá corda para o assunto. Diz apenas que não é surpresa para você.


E, finalizando o trajeto, ao chegar na cidade onde todos se encontrariam, você chega primeiro, com a equipe de organização. E depois você observa que "sua equipe" chega. E o que eles fazem ao te ver? Pedem desculpas? Não. Riem. Apenas riem, como se fosse super engraçado tudo que aconteceu. E pedem para você fazer o que lhe cabe em termos de função. Você faz. Afinal, já é tarde da noite, você não quer confusão, afinal, terão de voltar nas mesmas condições em que foram: a noite, na chuva, com um reboque com duas máquinas atrás, sem cinto e com o adicional de um motorista cochilando. Nehuma palavra no carro sobre o acontecido. Você volta rezando pra correr tudo bem. Graças a Deus chegam em paz.


No dia de semana, em que você deve trabalhar, a pessoa lhe dá um bom dia coma cara mais lavada do mundo. Não diz nada sobre o acontecido. Ao menos te pede desculpas. Você, que não suporta determinadas atitudes, diz que quer conversar e expõe o que pensa. O que aconteceu. A pessoa citada faz pouco caso, diz que não foi nada tão grave assim, mas que lhe pede desculpas, de qualquer forma. Diz que a culpa não foi dela, e sim do cônjuge. E sorri, mudando de assunto, como se fosse normal largar alguém no meio da estrada em um lugar desconhecido. Detalhe: ela ainda tem coragem de dizer que teve que sair correndo sem lhe esperar simplesmente por que O EX-PREFEITO DA CIDADE APARECEU, E DISSE QUE COLOCARIA A EQUIPE PRA DENTRO DO LOCAL ONDE O PORTEIRO HAVIA PROIBIDO A ENTRADA ¬¬ ou seja: `"apareceu um ex-prefeito que quer aparecer. Nós também queremos as imagens do local... 'vambora'". Ou estou enganada? Imagina perder imagens, perder o contato com um ex-prefeito, tudo por causa de um funcionário que desceu pra pegar uma informação que foi pedida...

Bom, o tempo passa e essa pessoa demonstra cada vez mais impaciência com você. Você, então, começa a perceber que o problema não é exatamente você, visto que ela é assim com quase todas as pessoas. A diferença é que, com algumas, ela se contém mais, pois não tem moral nem intimidade suficientes para agredir, ainda que indiretamente.

Daí continua: em um dia essa pessoa reclama com você na frente dos convidados do programa, falando em alto e bom som que ainda não começou a gravar porque VOCÊ está "desfilando" na frente das câmeras (leia-se arrumando o que falta para a agravação); Noutro dia, ela te ignora: você vai perguntar algo e ela simplesmente não responde. Toda pomposa se arrumando no camarim, com raiva por você não ter levado as fichas da forma que ela queria, todas coladas. Na verdade você estava termianndo de ajeitar as fichas, mas as entregou digitadas em laudas, onde ela pdoeria ler enquanto você terminava de fazer as que realmente seriam usadas no programa. Mas ela te manda fazer mil coisas de uma vez só. COmo se fosse lhe testando para ver até onde você aguenta. Então você entra e faz uma pergunta, epelo motivo citado, ela fica com raiva e finge que não tem ninguém falando com ela. COm um bico do tamanho do mundo e uma cara de ódio. Faz questão de não responder. Faz questão de não olhar na sua cara. Entre tantos outros mals tratamentos, indiretas e esnobações. Enquanto que com os outros, é um poço de sorrisos, de "amores" pra lá e pra cá. Isso depois de ter lido algo que você a escreveu a respeito de ser mais simpática com os outros.

Você passa a sentir taquicardia quando essa pessoa liga, quando vê seu nome no telefone, quando recebe um e-mail dela ou simplesmente a vê. Sente os músculos tremerem, as mãos e pés suar, falta de motivação... tudo isso por reação expontânea do seu organismo. Você tenta controlar, mas não consegue. Percebendo que não está lhe fazendo bem, você chama a criatura e conversa novamente. Expõe, educadamente, o que pensa sobre ela, o que ac
onteceu. E em dado momento, ela reconhece algumas coisas, mas acha que o fato de você ter usado com relação a ela alguns termos como grosseira, ter dito que as atitudes dela foram pequenas, etc, seja muito injusto. Pois ela é uma pessoa adorada por todos. Mas ela não sabe que algumas pessoas já haviam reparado no comportamento dela e vindo lhe perguntar se ela era sempre daquele jeito. Você explica pra ela que dificilmente alguém terá coragem de lhe falar tudo na cara. E percebe que essas pessoas preferem viver de falsos sorrisos e de falsas atitudes a ter que perceber seus erros.

Ela se faz de humilde durante algum tempo da conversa, mas você percebe que é não é natural. Ela se irrita e faz cara de surpresa quando você se refere às más atitudes dela, inclusive quando cita novamente o acontecimento da viagem, aquele que ela te deixou no meio da rua. Aí sim, ela vira o bicho. Se justifica, dizendo, irritada, usando termos como "minha filha", e jogando a culpa no seu cônjuge. Você explica a ela que independete de qualquer coisa, ela deveria tê-lo obrigado a voltar, pois não se faz esse tipo de coisa. Isso é desumano, é humilhante. Ela não conroda, não engole e continua irritada, se achando na razão. Decide que é melhor não trabalharem mais juntas, pois "você é uma pessoa que se liga muito aos pequenos detalhes" que "quer tudo no SEU tmepo". ¬¬ Detalhe é que você sempre esperava o tempo dela para conversar. Que se você não tivesse ido atrás, ela jamais lhe pediria desculpas, pois foi assim em várias situações. Algumas vezes que você tentou marcar conversa, ela nunca podia. Sempre dava um jeito de escapar. Isso durante semanas. E diz que tudo tem que ser no SEU tempo. Ok.

Depois disso, ela não te paga. Te ENROLA por dois meses. Enrola, sim, pois uma pessoa bem de vida não deve ter dificuldades em conseguir 240 reais. Aliás, ela diz, quando você fala em acertar as contas, que o valor a ser pago não pode ser o combinado no começo, que tem que ser menos. Você não aceita, então, sabe-se lá porque, talvez por você não ter concordado, ela passa semanas pra te pagar. Quando resolve, depois de muita insistência sua, paga apenas "uma parte". Onde ela deixa com alguém que não tem nada a ver com o assunto um cheque todo amassado. Não tem coragem de entregar em mãos, muito menos em dinheiro. E então passa quase dois meses lhe dando desculpas para pagar a outra parte. Fugindo. Não atendendo às ligações. E quando atende, diz que está com pressa, sempre lhe atropelando, sem deixar você falar. Quando, finalmente, depois de muita paciência, você resolve insistir, ligar o dia todo, toda hora, durante dois dias. Ela continua a não atender. E sabe-se lá porque, quando você liga de um outro número, ela atende. Atende e quando reconhece sua voz, diz estar numa reunião e enfatiza que você encheu o saco com suas ligações anteriores. Não deixa você falar, fala lhe atropelando e manda você ir buscar o dinheiro em tal lugar. Desliga o telefone. Você vai, chega lá, encontra novamente um cheque amarrotado, duas moedas de 50 centavos, e o restante em notas. E sua raiva cresce. Não por isso, simplesmente pela falta de carater dessa pessoa. De bom senso. De humanidade. De honestidade. E por ela ser tão falsa e dissimulada. Pelo menos para você.

Não aumentei nem dimuí nada. Aliás, diminuí sim. Tem outros detalhes que não comentei pra não ficar maior do que já está. Me diga você: o que você faria numa situação dessas? O que você pensaria sobre uma pessoa dessas? Você realmente estaria exagerando em sentir raiva? Pena? Abuso de um ser como este? Sinceramente, gostaria que vocês respondessem.



Escrevi este texto muito mais como forma de exteriorizar minha indignação com essa história (real), por isso ela saiu tão grande. Como disse, faltam algumas coisas. Mas isso é suficiente pra eu poder parar de falar nela por um bom tempo. Ou alugar menos gente possível com ela. Agora, me resta apenas ficar sentindo pena dessa pessoa e me sentir feliz por não ter mais nehuma ligação com um encosto. É uma das piores sensações que se pode ter relacionada a alguém, o tal do abuso, nojo. Sem contar a energia ruim que elas carregam e jogam toda em cima de você: suas frustrações pessoais, inveja emalgum aspecto, etc. Uma pessoa falsa, dissimulada e sonsa. Que agora faz isso que fez também com outra pessoa. E que vai continuar fazendo, acredito, até o dia em que a vida lhe der uma lição e ela perceber que puxar saco de gente "importante" e tratar mal os "normais" em detrimento de um "status" não faz alguém feliz de verdade. Sò espero que ela tenha mudado. Percebido que ainda existe gente sincera e que, ainda que ela não concorde, ela é tudo aquilo que foi dito a ela e mais um pouco. Ainda que ela não admita para os outros ou para quem lhe falou, dentro de si deve saber o quão é verdade. E se tiver um pingo de dignidade, não deve se sentir nada bem. SE tiver.

quarta-feira, 13 de agosto de 2008

Existe vida após o aniversário...

Olá, alguém que neste momento perde alguns minutos visitando este blog!

Se você está aqui, provavelmente é um dos meus muiiito chegados, ou alguém legal (ou desocupado) que, curioso, vendo meu link em algum lugar, entrou pra ver que me*da é essa. Bom, à você, minhas boas vindas!

Quase metade de Agosto, e venho aqui hoje apenas para dizer que sim, sobrevivi ao inferno astral (êêêê)! Caso você tenha lido a postagem anterior, vai entender do que falo. Achava que não ia conseguir, mas passei ilesa. Exceto pelo fato de que completar mais um ano (numericamente falando) sempre me angustia bastante durante todo o resto dos 364 dias (se completássemos e o tempo, biologicamente falando, não fosse afetado, tudo bem).

Acho que desde os meus 18, por aí, eu tenho essas angústias(de achar que já não dá mais tempo pra eu fazer determiandas coisas). O inferno astral, não. Só comentei sobre ele pela explicação já dada anteriormente (post anterior). E, segundo a mesma pessoa, a qual eu "comi conversa", nada que um cloridrato de fluoxetina 5 mg não resolva... Mas não foi preciso. Resisti sem química. Pelo menos as adquiridas em drogarias.

Sem mais para o momento, me despeço pensando sobre como deve ser um inferno astral com algumas doses de TPM... acho que foi meu caso... talvez por isso tenha sido tão sintomático...